sábado, 16 de maio de 2009

Feliz e Louco

Boa tarde gente, hoje posto aqui, uma poesia de um homem, que sem sombra de dúvidas, é um grande vencedor.
Ele se chama Marco Antônio de Queiroz.
Para vocês conhecerem mais a fundo a história desse homem, visitem:
http://www.bengalalegal.com
A Poesia de um Homem Cego. Feliz e Louco. Meu corpo acorda do nada despertado pelo seu. Levanto... Meus pés, fincos no chão, sustentam um universo de sentidos que, enlouquecidos, nem a si próprios reconhecem. Minhas mãos se perdem e eu esqueço de encontrá-las. Esqueço também de encontrar meu peito já perdido no seu. Minha alma, de longe, ri satisfeita e, desorientada pelo tumulto, corre excitada na escuridão. Não sei mais quem somos e o que fazemos, nem se aquela alma é realmente a minha. Também não sei Se acredito que sou eu, quem sou, a respirar com a sofreguidão dos afogados, a viver, gozar, intenso orgasmo e se ele é mesmo meu.
Sou você, não mais eu... Existo, ainda que morto? Se morto, como posso estar feliz e louco? MAQ.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Chaveco: O que fazer na Hora H?

Boa noite queridos visitantes, é com muito prazer, que publico um texto super interessante sobre a sexualidade na vida de pessoas com deficiência.
Extraido da Rede Saci, ele aborda como se fazer o velho e bom chaveco sem medo ou mesmo sem ser chato.
Mas o bom mesmo, é ler os depoimentos contidos no texto.

‘Xaveco’ - O que fazer na hora H?Rede Saci12/05/2009A matéria faz parte da pesquisa de Leandra sobre a sexualidade da
pessoa com deficiênciaLeandra Migotto CertezaVocê está procurando companhia? Que tal ‘xavecar’ alguém? Se o problema
é medo: relaxe. Agora tem até manuais para ensinar como se dar bem na
‘hora H’. Especialistas dizem que não existem regras para paquerar, mas
quem conhece os ‘segredos’ da alma humana, aconselha a soltar as
emoções, baixar defesas, sorrir, e não ter medo do desconhecido.Para o psicólogo, especialista em sexualidade da pessoa com
deficiência, Fabiano Puhlmann, paquerar é arriscar conhecer gente nova;
uma boa forma de exercitar a quebra de preconceitos. “Qualquer lugar é
perfeito. Mas é sempre bom ser curioso e prestar atenção às perguntas e
respostas da outra pessoa, não se esquecendo do bom humor, do
incentivo, e do caminhar passo a passo, sem definir logo sua intenção.
Se aproximar devagar, mas não ficar parado”.“O mais importante para o xaveco é ele acontecer, e não ficar guardado
por medo da rejeição. O melhor nem sempre é aquele que dá certo, mas só
o fato de existir, já é muito legal. Quanto mais verdadeiro, sensível e
criativo ele for; mais chances você vai ter de se aproximar de alguém”,
afirma Fabiano Rampazzo, jornalista e um dos autores do Manual do
Xavequeiro (Matrix editora). Para o escritor Antônio*: “mesmo quando
não funciona, o xaveco pode ser uma boa maneira de conhecer o jeito de
ser de alguém, e de encarar a si mesmo e os outros”.Rampazzo ainda arisca dizer que o dia em que o xaveco sair de moda a
humanidade acaba. “As pessoas só nasceram porque o pai xavecou a mãe”.
Antônio* pondera: “O xaveco só sairá de moda quando as pessoas perderem
o gosto pela vida, nunca o impulso sexual; justamente porque a cantada
não é só hormônio, é sintonia”. Para o jornalista as pessoas ainda são
muito carentes de informações e sentem necessidade de trocar
experiências. “Percebemos que existem homens querendo xavecar, mas com
medo. E mulheres também querendo, mas passando vontade. Por isso
fizemos quadro livros e um DVD”.A bióloga Silvia Sant’ana discorda: “não acredito muito na eficiência
do xaveco, prefiro uma abordagem mais sutil. A palavra ‘na moda’ soa
como ‘xaveco furado’; acho um termo meio perdido”. A professora Maria*
discorda: “para mim o xaveco está na moda, mas temos que tomar cuidado,
pois uma cantada mal dada pode virar uma abordagem agressiva, e até
assédio sexual”.Use sempre o bom senso.Depois de tomar coragem de partir para a conquista, ainda bate aquelas
dúvidas? Onde paquerar? Qual o limite da investida? Tomo umas cervejas
ou vou de ‘cara limpa’? O que fazer depois de levar um fora? Vejam o
que nossos entrevistados disseram. Rampazzo aponta que lugares mais propícios para receber ou fazer um
xaveco são na balada, festa, danceteria, show, parque, rua, sala de
espera de consultório, escola, cinema, teatro ou trabalho. Para o
jornalista às vezes um lugar com muita gente pode facilitar, pois as
pessoas estão mais à vontade; mas um xaveco no supermercado pode ser
bom justamente pelo elemento surpresa. Silvia discorda: “nenhum lugar é
o pior ou melhor para fazer um xaveco, depende da forma da abordagem.
Vale até em um enterro se for bem feito”.O escritor Antônio* concorda com Silvia; o melhor lugar para xavecar é
aquele onde a pessoa atraente está. Maria* acredita que tem que
acontecer o clima ideal. “De repente, na sala de espera de um
consultório... Ou no trabalho, o que interessa é o momento adequado, só
não dá para ser nada forçado”.E todos os nossos entrevistados concordam: é preciso ter bom senso e,
saber qual o momento de parar para não ser chato ou abusar de alguém.
“Quando a pessoa não está à vontade não é legal xavecar, pois em vez de
sedutor você pode ser um chato. Os xavecos que passei e não 'colaram'
foram igualmente importantes, pois o fora é fundamental para qualquer
ser humano. Nunca ninguém será uma unanimidade”, comenta Rampazzo.Antônio* alerta: “nós temos medo de tudo e de nada, conforme a
situação. E o medo, bem trabalhado, é sinônimo de prudência. Caretice à
parte, timidez e descaramento não combinam com álcool; porque tiram a
pessoa do seu normal, da sua postura verdadeira. Falhar é inevitável,
quando as coisas não vão bem dentro da gente. Temer a exclusão ou a
rejeição faz parte do jogo, mas não deve se tornar regra”.“O pior xaveco que levei foi ridículo! Estava andando na rua, chegando
para trabalhar em São Paulo. O cara começou a andar ao meu lado e
perguntou: ‘Como você faz para paquerar alguém?’ Eu fingi que não
entendi. Ele insistiu e disse que eu era bonita apesar de ser cega.
Acho que um lugar horrível para xavecar é no transporte público. Me
parece que é um momento em que as pessoas estão meio desprotegidas. Eu
não me sinto confortável”, conta a professora Maria*.Para Antônio* ninguém está livre de ser ‘romântico’, e de amar alguém
além do desejo. “Machismo é anacronismo; já moral religiosa (quando bem
dosada) é saudável e predispõe a um relacionamento mais decente. Ir
‘aos finalmentes’ só por ‘obrigação’ é burrice e não leva a nada
permanente. É como uma barbarização ditada por modismos. Antiquado ou
não, prefiro pensar no ‘outro’ com os mesmos direitos que eu, isto é,
ninguém gosta de ser usado”.Quem xaveca mais: o homem ou a mulher? Existe idade para paquerar?“O homem xaveca, a mulher é xavecada, desde que o mundo é mundo é
assim. Claro, há exceções, mas são raras. A mulher seduz, atrai o
homem, mas a abordagem é quase sempre masculina. A minha fase com maior
disposição para o xaveco foi entre os 18 e 28 anos. Mas isso está longe
de ser uma regra, há homens que se descobrem xavequeiros aos 50. Eu
mesmo, com 33, posso ainda viver esta fase de novo. Continuo xavecando
a minha namorada. É bom manter sempre a chama acesa. Ainda que
teoricamente a juventude, com suas necessidades de descobertas, seja a
fase mais propícia para o xaveco”, afirma Rampazzo.Antônio* discorda: “Ué, e tem fase pra xavecar...? Idade ideal pra
sentir atraído por alguém? Isso não existe! Pra mim, só interessa saber
se a pessoa se sente viva. Quem sabe xavecar melhor são pessoas abertas
aos relacionamentos mais plenos, não importa o sexo. Homens e mulheres
com essa visão da vida xavecam mais. Sinceramente, não sei em que época
as pessoas começaram a não ter mais vergonha de paquerar. E se o
feminismo, a chamada liberdade sexual, a massificação do erotismo, e
outros fatores influenciaram a 'arte de xavecar'. Tudo faz parte de um
contexto coletivo. É como a atual onda de aceitação da
‘não-privacidade’ (???); passa-se para um padrão de conduta diferente,
mas não necessariamente imoral, obsceno. Apenas - no caso da paquera -
mais aberto”.Para Maria* os mais ‘xavequeiros’ ainda são os homens, pois fazem isso
muito bem quando querem. “Acredito que eles sejam mais ‘descolados’, e
até mais infantis, e menos críticos, por isso, fazem as melhores
cantadas”.“Você vem sempre aqui?”“Eu estava num bar com minha amiga. Ela me disse que tinha um rapaz
olhando insistentemente para ela. Mas estava confusa, porque o cara
fazia sinais que ela não entendia. Ao sair do bar; um amigo me disse
que eu havia sido muito antipática com aquele cara que ficou a noite
toda pedindo para minha amiga me chamar, e eu nem ‘dei bola’. Quando eu
contei que pensei que ele estava fazendo sinais para minha amiga e não
para mim, o meu ‘paquera’ voltou para o bar e... Bom, tive dois filhos
com ele”. “Faz tempo que de descobri o jeito mais fácil, direto e legal de
paquerar alguém: jamais usar a minha deficiência física como
‘propaganda’. Minha estratégia é simples: abro o jogo e corro os
riscos”, confessa Antônio*.“Tenho deficiência visual, por isso a tendência pode ser mais passiva.
Porém, já utilizei muitas táticas: passar perto fingindo não estar
‘vendo’ a pessoa e, se possível, dar um esbarrão ou um tropeço bem na
hora certa. Ter amigas que funcionam como cúmplices e ‘áudio
descritoras’ das paqueras é ótimo, assim, podemos planejar o momento e
abordagem ideal... Agora, sobre as artimanhas, não posso contar o ‘pulo
do gato", confessa Maria*.E se mesmo depois de ler todos os manuais, e ouvir os conselhos dos
seus amigos; você ainda não sabe como passar um xaveco sem ser chato,
ou receber uma cantada e não saber o que dizer; não se ache a ‘última
pessoa do mundo’, pois o psicólogo Puhlmann explica que a paquera
descompromissada é um jogo gostoso, de sorrisos, olhares meigos,
elogios e papo descontraído. Não é algo ameaçador. E com o tempo e a
intimidade pode evoluir para um relacionamento. “Aí surge a vontade do
aconchego; o bate-papo em lugares românticos; o passeio de mãos dadas;
as pequenas viagens; o encontro com os amigos antigos e novos de
ambos... E tudo pode acontecer...”*Os nomes das pessoas entrevistadas foram trocados para preservarem sua
identidade.Manuais sobre xaveco: www.xavequeiro.com.brLeandra Migotto Certeza é jornalista com deficiência física e
desenvolve o projeto em equipe: “Fantasias Caleidoscópicas”, ensaio
fotográfico sensual com pessoas com deficiência. O projeto foi premiado
no “6º Congresso Internacional Prazeres Dês-Organizados – Corpos,
Direitos e Culturas em Transformação”, em Lima (capital do Peru), em
junho de 2007; e reapresentado no “I Seminário Nacional de Saúde:
Direitos Sexuais e Reprodutivos e Pessoas com Deficiência”, realizado
pelo Ministério da Saúde, em Brasília, em março de 2009. Mais
informações: leandramigottocerteza@gmail.com ou BLOG:
http://leandramigottocerteza.blogspot.comRede SACIAv. Prof. Luciano Gualberto trav.J, 374, térreo sala 20Cidade Universitária - 05508-900 - São Paulo - SPTel: (11) 3091.4155 / 4371 Copyleft 2000 ~ 2009 saci.org.brÉ autorizada a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de
comunicação, eletrônico ou impresso, desde que sejam citados a fonte e
os autores.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Breves Dicas de Manutenção

Breves Dicas de Manutenção
Seguem neste documento, breves dicas que irão ajudar muito você a manter seu computador mais leve e com um melhor funcionamento.
Operações de Disco:
Como se sabe, o HD armazena não somente os arquivos que nós salvamos nele, mais também ele guarda arquivos que são arquivos que em primeira instância, só são úteis para o acesso de dados no computador.Por exemplo, quando se acessa um site na Internet, todo o conteúdo do mesmo é guardado no Disco Rígido, em uma pasta chamada Temporariinternet File, (arquivos Temporários de Internet)Também ele guarda arquivos temporários do Word, Windows Media Player, e de outros documentos que você vai abrindo no decorrer do tempo.Portanto, é preciso que periodicamente você os limpe de seu HD.Para se fazer isto tem uma forma muito interessante, que ao mesmo tempo que você faz esta limpeza, você pode fazer uma verificação no seu sistema.Vamos fazer a limpeza de disco?Abra o Windows Explorer, ou Meu Computador.Agora, selecione a unidade C, agora clique com a tecla de aplicação que é a mesma coisa que efetuar um clique com o botão direito do mouse.Agora com as setas, precisamente com uma seta para cima escolha o item Propriedades e tecle Enter.agora, na janela que se abre, vá com Tab até um botão chamado Limpeza de Disco.Na próxima janela, será exibida uma lista, contendo todos os arquivos que devem ser deletados, eles são caixas de Verificação que você pode marcar e desmarcar a seu belo gosto.É importante que você marque todas as caixinhas, pois tudo o que for apagado, não lhe fará falta alguma!Agora, siga com Tab até o botão Ok, e comfirme respondendo que sim, na janela de diálogo que surgirá quando você teclar Ok.agora, espere o processo ser concluido, para depois partir para o próximo processo, que é a verificação no sistema de arquivos.Para executar esta tarefa, na mesma janela de Propriedades de seu Disco Local, proceda da seguinte forma:Posicione-se na primeira guia da janela, que é a guia Geral agora com CTRL + TAB, vá para a guia Ferramentas.Agora, encontre o botão Verificar Agora e pressione enter.Nesta outra janela, há também duas caixas de verificação que você deverá marcar, logo a seguir ir até o botão Iniciar e teclar Enter.Será exibida uma mensagem, lhe perguntando se você deseja agendar uma verificação para a próxima vez que você reiniciar o sistema, responda que sim.Agora, vale resaltar que da próxima vez que você por qualquer motivo reiniciar o Windows, será feito o processo de Verificação no sistema, portanto o sistema operacional só será carregado depois da verificação ser concluida.agora vamos desfragmentar o HD?Depois de feita a limpeza e verificação, é importante que seja feita a desfragmentação do Disco Rígido, pois quando se deleta arquivos de pastas ou mesmo do próprio HD, ele fica com espaços vazios.Fazer a desfragmentação, é reorganizar todo o Disco Rígido, tornando assim o funcionamento do computador mais rápido e o HD mais organizado.Para fazer isto, é muito fácil.Vá até Iniciar/programas/acessórios/ferramentas do Sistema/desfragmentador de Discos.Na próxima janela que se abre você tem ali os seguintes itens:Você tem o botão Analisar, que serve para analisar se seu HD precisa ser desfragmentado.O próximo, é o botão Desfragmentar, que é o que você deverá acionar com a tecla Enter agora, dependendo do tempo que você fez a última desfragmentação, isto poderá demorar um pouco.
Deixe o processo de Boot do Windows mais rápido.
Como já se sabe, quando o computador é ligado, e o sistema operacional entra em ação, alguns aplicativos que são do próprio sistema, são carregados automaticamente.Como por exemplo, o Windows Messenger, depois que você configura sua conta do Hotmail toda vez que você ligar seu computador, ele será carregado automaticamente.Que tal deixar seu Windows mais rápido, fazendo com que alguns programas funcionem somente quando você quiser, ou seja manualmente?É simples:Vá até Iniciar/executar, na janela de comando digite em minúsculo: msconfig.Agora, na janela de configuração do sistema, procure com CTRL + TAB, a guia Inicializar.Nesta guia, se encontra a lista de todos os programas que entram em ação juntamente com o Windows, elas possuem caixas de verificação que você deve desmarcar, quando você sabe a que programa ela se refere.Observação: Não desmarque a caixa correspondente ao Antivírus, pois ela deverá está sempre abilitada.Agora, para você ter a certeza do que você está querendo que não carregue junto com o Windows, em cada caixa de verificação, está escrita a descrição do programa a pasta que ele se encontra e a qual aplicativo ele pertence.Depois de desabilitar cada caixa correspondente ao aplicativo, clique em aplicar, depois se quiser, no botão Reiniciar.Agora, seu computador estará mais rápido, e melhor para trabalhar.Nota: Para quem usa leitor de telas, para ler a descrição de cada item, vai uma pequena instrução:Com Virtual Vision, pressionando o Mais do bloco numérico, se obtém a descrição completa do item a ser desmarcado.Jaws: Não testei esse comando, mais como ele é padrão do programa, creio que funcione também.Pressione Insert + Tab, para obter a descrição.Muito bem, agora após ler este texto, siga todos os passos mais antes de executar cada tarefa, leia com muita atenção!Depois disto, só resta desejar muito boa sorte!Rodrigo Ricarte Marques de araujoSão Paulo, 14:56 25/11/2007

domingo, 10 de maio de 2009

Nero Burning Rom 6

Oi turma!
Bom Domingo para todos e um feliz dia das mães!
Que este dia seja sempre comemorado imdependente de data.
Bom, a postagem de hoje, é o link para quem queira baixar o Nero Burning Rom.
Esta versão, é uma versão muito acessível para os programas leitores de telas.
Ps: Ao se descompactar o arquivo, na pasta tem um arquivo de tezto chamado Serial.txt.
Nele, tem dois seriais, posto que deve-se copiar o segundo, que vocês conseguirão instalar o Nero Burning rom.
Se colocarem o primeiro, vocês só conseguirão instalar o Nero Express.
Aí vai o link, bons downloads!
http://sharex.xpg.com.br/files/3927399595/_Nero_6.6.0.18_-_no_yt.rar.html

sábado, 9 de maio de 2009

Como Chamar as Pessoas que Têm Deficiênscia

Mais um texto, agora extraído do site Saci.
Site:
http://www.saci.org.br


Como chamar as pessoas que têm deficiência?*
Rede SACI
14/06/2005

Em cada época são utilizados termos cujo significado seja compatível com os valores vigentes em cada sociedade
Comentário SACI: O uso de termos corretos tem a ver com a evolução alcançada mundialmente quanto aos valores e conceitos em torno da pessoa com deficiência. Portanto, sem descartar a importância maior que têm as ações em comparação com a importância do discurso, devemos atualizar a terminologia utilizada para se referir a pessoas com deficiência, tanto oralmente (em conversas ou palestras) quanto por escrito (em textos legislativos, livros, jornais e revistas). Algumas pessoas (inclusive com deficiência) alegam que tanto faz o nome utilizado, desde que as ações corretas sejam concretizadas em benefício das pessoas com deficiência. Como dito anteriormente, as ações são mais importantes que os discursos, mas os valores das pessoas com deficiências que queremos transmitir à sociedade devem ser expressos por meio de nomenclaturas coerentes a eles. Que imagem destas pessoas ainda estaríamos divulgando se continuássemos a falar e escrever: "os leprosos", "os retardados mentais", "os inválidos", "os incapacitados", "os surdo-mudos", "os mongolóides", "os ceguinhos"?

Romeu Kazumi Sassaki**

Em todas as épocas e localidades, a pergunta que não quer calar-se tem sido esta, com alguma variação: "Qual é o termo correto - portador de deficiência, pessoa portadora de deficiência ou portador de necessidades especiais?" Responder esta pergunta tão simples é simplesmente trabalhoso, por incrível que possa parecer.

Comecemos por deixar bem claro que jamais houve ou haverá um único termo correto, válido definitivamente em todos os tempos e espaços, ou seja, latitudinal e longitudinalmente. A razão disto reside no fato de que a cada época são utilizados termos cujo significado seja compatível com os valores vigentes em cada sociedade enquanto esta evolui em seu relacionamento com as pessoas que possuem este ou aquele tipo de deficiência.

Percorramos, mesmo que superficialmente, a trajetória dos termos utilizados ao longo da história da atenção às pessoas com deficiência, no Brasil.


Os inválidos

Época: No começo da história, durante séculos. Romances, nomes de instituições, leis, mídia e outros meios mencionavam "os inválidos".
Significado: O termo significava "indivíduos sem valor". Em pleno século 20, ainda se utilizava este termo, embora já sem nenhum sentido pejorativo.
Valor da pessoa: Aquele que tinha deficiência era tido como socialmente inútil, um peso morto para a sociedade, um fardo para a família, alguém sem valor profissional.
Exemplos: "A reabilitação profissional visa a proporcionar aos beneficiários inválidos ..." (Decreto federal nº 60.501, de 14/3/67, dando nova redação ao Decreto nº 48.959-A, de 19/9/60). "Inválidos insatisfeitos com lei relativa aos ambulantes" (Diário Popular, 21/4/76). "Servidor inválido pode voltar" (Folha de S. Paulo, 20/7/82). "Os cegos e o inválido" (IstoÉ, 7/7/99).


Os incapacitados

Época: Século 20 até por volta de 1960
Significado: O termo significava, de início, "indivíduos sem capacidade" e, mais tarde, evoluiu e passou a significar "indivíduos com capacidade residual". Durante várias décadas, era comum o uso deste termo para designar pessoas com deficiência de qualquer idade. Uma variação foi o termo "os incapazes", que significava "indivíduos que não são capazes" de fazer algumas coisas por causa da deficiência que tinham.
Valor da pessoa: Foi um avanço da sociedade reconhecer que a pessoa com deficiência poderia ter capacidade residual, mesmo que reduzida. Mas, ao mesmo tempo, considerava-se que a deficiência, qualquer que fosse o tipo, eliminava ou reduzia a capacidade da pessoa em todos os aspectos: físico, psicológico, social, profissional etc.
Exemplos: "Derivativo para incapacitados" (Shopping News, Coluna Radioamadorismo, 1973). "Escolas para crianças incapazes" (Shopping News, 13/12/64). Após a I e a II Guerras Mundiais, a mídia usava o termo assim: "A guerra produziu incapacitados", "Os incapacitados agora exigem reabilitação física".


Os defeituosos / os deficientes / os excepcionais

Época: por volta de 1960 até cerca de 1980.
Significado: "Os defeituosos" significava "indivíduos com deformidade" (principalmente física). "Os deficientes", "indivíduos com deficiência" física, intelectual, auditiva, visual ou múltipla, que os levava a executar as funções básicas de vida (andar, sentar-se, correr, escrever, tomar banho etc.) de uma forma diferente daquela como as pessoas sem deficiência faziam. E isto começou a ser aceito pela sociedade. "Os excepcionais" significava "indivíduos com deficiência intelectual".
Valor da pessoa: A sociedade passou a utilizar estes três termos, que focalizam as deficiências em si sem reforçarem o que as pessoas não conseguiam fazer como a maioria. Simultaneamente, difundia-se o movimento em defesa dos direitos das pessoas superdotadas (expressão substituída por "pessoas com altas habilidades" ou "pessoas com indícios de altas habilidades"). O movimento mostrou que o termo "os excepcionais" não poderia referir-se exclusivamente aos que tinham deficiência intelectual, pois as pessoas com superdotação também são excepcionais por estarem na outra ponta da curva da inteligência humana.
Exemplos:: "Crianças defeituosas na Grã-Bretanha tem educação especial" (Shopping News, 31/8/65). No final da década de 50, foi fundada a Associação de Assistência à Criança Defeituosa - AACD (hoje denominada Associação de Assistência à Criança Deficiente). Na década de 50 surgiram as primeiras unidades da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - Apae.


Pessoas deficientes

Época: de 1981 até cerca de 1987.
Significado: Pela primeira vez em todo o mundo, o substantivo "deficientes" (como em "os deficientes") passou a ser utilizado como adjetivo, sendo-lhe acrescentado o substantivo "pessoas". A partir de 1981, nunca mais se utilizou a palavra "indivíduos" para se referir às pessoas com deficiência.
Valor da pessoa: Foi atribuído o valor "pessoas" àqueles que tinham deficiência, igualando-os em direitos e dignidade à maioria dos membros de qualquer sociedade ou país. A Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou em 1980 a Classificação Internacional de Impedimentos, Deficiências e Incapacidades, mostrando que estas três dimensões existem simultaneamente em cada pessoa com deficiência.
Exemplos: Por pressão das organizações de pessoas com deficiência, a ONU deu o nome de "Ano Internacional das Pessoas Deficientes" ao ano de 1981. E o mundo achou difícil começar a dizer ou escrever "pessoas deficientes". O impacto desta terminologia foi profundo e ajudou a melhorar a imagem destas pessoas.


Pessoas portadoras de deficiência

Época: por volta de 1988 até cerca de 1993. Alguns líderes de organizações de pessoas com deficiência contestaram o termo "pessoa deficiente" alegando que ele sinaliza que a pessoa inteira é deficiente, o que era inaceitável para eles.
Significado: Termo que, utilizado somente em países de língua portuguesa, foi proposto para substituir o termo "pessoas deficientes". Pela lei do menor esforço, logo reduziram este termo para "portadores de deficiência".
Valor da pessoa: O "portar uma deficiência" passou a ser um valor agregado à pessoa. A deficiência passou a ser um detalhe da pessoa. O termo foi adotado nas Constituições federal e estaduais e em todas as leis e políticas pertinentes ao campo das deficiências. Conselhos, coordenadorias e associações passaram a incluir o termo em seus nomes oficiais.


Pessoas com necessidades especiais / pessoas portadoras de necessidades especiais

Época: por volta de 1990 até hoje
Significado: O termo surgiu primeiramente para substituir "deficiência" por "necessidades especiais". daí a expressão "portadores de necessidades especiais". Depois, esse termo passou a ter significado próprio sem substituir o nome "pessoas com deficiência". O art. 5º da Resolução CNE/CEB nº 2, de 11/9/01, explica que as necessidades especiais decorrem de três situações, uma das quais envolvendo dificuldades vinculadas a deficiências e dificuldades não-vinculadas a uma causa orgânica.
Valor da pessoa: De início, "necessidades especiais" representava apenas um novo termo. Depois, com a vigência da Resolução nº 2, "necessidades especiais" passou a ser um valor agregado tanto à pessoa com deficiência quanto a outras pessoas.


Pessoas especiais

Época: por volta de 1990 até hoje
Significado: O termo apareceu como uma forma reduzida da expressão "pessoas com necessidades especiais", constituindo um eufemismo dificilmente aceitável para designar um segmento populacional.
Valor da pessoa: O adjetivo "especiais" permanece como uma simples palavra, sem agregar valor diferenciado às pessoas com deficiência. O "especial" não é qualificativo exclusivo das pessoas que têm deficiência, pois ele se aplica a qualquer pessoa.
Exemplos: Surgiram expressões como "crianças especiais", "alunos especiais", "pacientes especiais" e assim por diante numa tentativa de amenizar a contundência da palavra "deficientes".


Pessoas com deficiência

Época: junho de 1994
Significado:"pessoas com deficiência" e pessoas sem deficiência, quando tiverem necessidades educacionais especiais e se encontrarem segregadas, têm o direito de fazer parte das escolas inclusivas e da sociedade inclusiva.
Valor da pessoa: O valor agregado às pessoas é o de elas fazerem parte do grande segmento dos excluídos que, com o seu poder pessoal, exigem sua inclusão em todos os aspectos da vida da sociedade. Trata-se do empoderamento.
Exemplos: A Declaração de Salamanca preconiza a educação inclusiva para todos, tenham ou não uma deficiência.


Portadores de direitos especiais

Época: maio de 2002
Significado: O termo e a sigla apresentam problemas que inviabilizam a sua adoção em substituição a qualquer outro termo para designar pessoas que têm deficiência. O termo "portadores" já vem sendo questionado por sua alusão a "carregadores", pessoas que "portam" (levam) uma deficiência. O termo "direitos especiais" é contraditório porque as pessoas com deficiência exigem equiparação de direitos e não direitos especiais. E mesmo que defendessem direitos especiais, o nome "portadores de direitos especiais" não poderia ser exclusivo das pessoas com deficiência, pois qualquer outro grupo vulnerável pode reivindicar direitos especiais.
Valor da pessoa: Não há valor a ser agregado com a adoção deste termo, por motivos expostos na coluna ao lado e nesta. A sigla PODE, apesar de lembrar "capacidade", apresenta problemas de uso:
1) Imaginem a mídia e outros autores escrevendo ou falando assim: "Os Podes de Osasco terão audiência com o Prefeito...", "A Pode Maria de Souza manifestou-se a favor ...", "A sugestão de José Maurício, que é um Pode, pode ser aprovada hoje ..."
2) Pelas normas brasileiras de ortografia, a sigla PODE precisa ser grafada "Pode". Norma: Toda sigla com mais de 3 letras, pronunciada como uma palavra, deve ser grafada em caixa baixa com exceção da letra inicial.
Exemplos: O Frei Betto escreveu no jornal O Estado de S.Paulo um artigo em que propõe o termo "portadores de direitos especiais
" e a sigla PODE. Alega o proponente que o substantivo "deficientes" e o adjetivo "deficientes" encerram o significado de falha ou imperfeição enquanto que a sigla PODE exprime capacidade. O artigo, ou parte dele, foi reproduzido em revistas especializadas em assuntos de deficiência


Pessoas com deficiência

Época: por volta de 1990 até hoje e além. A década de 90 e a primeira década do século 21 e do Terceiro Milênio estão sendo marcadas por eventos mundiais, liderados por organizações de pessoas com deficiência. A relação de documentos produzidos nesses eventos pode ser vista no final deste artigo.
Significado: "pessoas com deficiência" passa a ser o termo preferido por um número cada vez maior de adeptos, boa parte dos quais é constituída por pessoas com deficiência que, no maior evento ("Encontrão") das organizações de pessoas com deficiência, realizado no Recife em 2000, conclamaram o público a adotar este termo. Elas esclareceram que não são "portadoras de deficiência" e que não querem ser chamadas com tal nome.
Valor da pessoa Os valores agregados às pessoas com deficiência são:
1) o do empoderamento [uso do poder pessoal para fazer escolhas, tomar decisões e assumir o controle da situação de cada um]
2) o da responsabilidade de contribuir com seus talentos para mudar a sociedade rumo à inclusão de todas as pessoas, com ou sem deficiência.

Os movimentos mundiais de pessoas com deficiência, incluindo os do Brasil, estão debatendo o nome pelo qual elas desejam ser chamadas. Mundialmente, já fecharam a questão: querem ser chamadas de "pessoas com deficiência" em todos os idiomas. E esse termo faz parte do texto da Convenção Internacional para Proteção e Promoção dos Direitos e Dignidade das Pessoas com Deficiência, a ser aprovada pela Assembléia Geral da ONU em 2003 e a ser promulgada posteriormente através de lei nacional de todos os Países-Membros.

Eis os princípios básicos para eles chegarem a esse nome:

1. Não esconder ou camuflar a deficiência;

2. Não aceitar o consolo da falsa idéia de que todo mundo tem deficiência;

3. Mostrar com dignidade a realidade da deficiência;

4. Valorizar as diferenças e necessidades decorrentes da deficiência;

5. Combater neologismos que tentam diluir as diferenças, tais como "pessoas com capacidades especiais", "pessoas com eficiências diferentes", "pessoas com habilidades diferenciadas", "pessoas dEficientes", "pessoas especiais", "é desnecessário discutir a questão das deficiências porque todos nós somos imperfeitos", "não se preocupem, agiremos como avestruzes com a cabeça dentro da areia" (i.é, "aceitaremos vocês sem olhar para as suas deficiências");

6. Defender a igualdade entre as pessoas com deficiência e as demais pessoas em termos de direitos e dignidade, o que exige a equiparação de oportunidades para pessoas com deficiência atendendo às diferenças individuais e necessidades especiais, que não devem ser ignoradas;

7. Identificar nas diferenças todos os direitos que lhes são pertinentes e a partir daí encontrar medidas específicas para o Estado e a sociedade diminuírem ou eliminarem as "restrições de participação" (dificuldades ou incapacidades causadas pelos ambientes humano e físico contra as pessoas com deficiência).


Conclusão

A tendência é no sentido de parar de dizer ou escrever a palavra "portadora" (como substantivo e como adjetivo). A condição de ter uma deficiência faz parte da pessoa e esta pessoa não porta sua deficiência. Ela tem uma deficiência. Tanto o verbo "portar" como o substantivo ou o adjetivo "portadora" não se aplicam a uma condição inata ou adquirida que faz parte da pessoa. Por exemplo, não dizemos e nem escrevemos que uma certa pessoa porta olhos verdes ou pele morena.

Uma pessoa só porta algo que ela possa não portar, deliberada ou casualmente. Por exemplo, uma pessoa pode portar um guarda-chuva se houver necessidade e deixá-lo em algum lugar por esquecimento ou por assim decidir. Não se pode fazer isto com uma deficiência, é claro.

A quase totalidade dos documentos, a seguir mencionados, foi escrita e aprovada por organizações de pessoas com deficiência que, no atual debate sobre a Convenção da ONU a ser aprovada em 2003, estão chegando ao consenso quanto a adotar a expressão "pessoas com deficiência" em todas as suas manifestações orais ou escritas.


Documentos do Sistema ONU

1990 - Declaração Mundial sobre Educação para Todos / Unesco.

1993 - Normas sobre a Equiparação de Oportunidades para Pessoas com Deficiência / ONU.

1993 - Inclusão Plena e Positiva de Pessoas com Deficiência em Todos os Aspectos da Sociedade / ONU.

1994 - Declaração de Salamanca e Linhas de Ação sobre Educação para Necessidades Especiais / Unesco.

1999 - Convenção Interamericana para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência (Convenção da Guatemala) / OEA.

2001 - Classificação Internacional de Funcionalidade, Deficiência e Saúde (CIF) / OMS, que substituiu a Classificação Internacional de Impedimentos, Deficiências e Incapacidades / OMS, de 1980.

2003 - Convenção Internacional para Proteção e Promoção dos Direitos e Dignidade das Pessoas com Deficiência / ONU.


Documentos de outros organismos mundiais

1992 - Declaração de Vancouver

1993 - Declaração de Santiago

1993 - Declaração de Maastricht

1993 - Declaração de Manágua

1999 - Carta para o Terceiro Milênio

1999 - Declaração de Washington

2000 - Declaração de Pequim

2000 - Declaração de Manchester sobre Educação Inclusiva.

2002 - Declaração Internacional de Montreal sobre Inclusão.

2002 - Declaração de Madri

2002 - Declaração de Sapporo

2002 - Declaração de Caracas

2003 - Declaração de Kochi

2003 - Declaração de Quito

2004 - Declaração Mundial Sobre Deficiência Intelectual


* A primeira versão desta matéria foi publicada no livreto de Romeu Sassaki: Vida Independente: história, movimento, liderança, conceito, filosofia e fundamentos. São Paulo: RNR, 2003, p. 12-16.

** Romeu Kazumi Sassaki é consultor de inclusão e especialista em reabilitação de pessoas com deficiência.
Navegação
Cadastre-se !
Atualize seu cadastro

Guia de solidariedade

Notícias
Artigos
Boletins
Eventos
Cursos
Classificados

Lista de Discussão
Bate Papo
Web Mail
Páginas Pessoais

Denúncia
"Sua Opinião"
Depoimentos

Dicas para Internet
Programas

A Rede e a Imprensa
Repórter SACI

Centros de Informação e Convivência (CIC´s)

Textos en español


Estatísticas
Visitas: 936.942
Busca
Busca da Rede SACI



Realização:

Apoiadores:








Fale Conosco
Entre em contato com a Rede SACI

Rede SACI
Av. Prof. Luciano Gualberto trav.J, 374, térreo sala 20
Cidade Universitária - 05508-900 - São Paulo - SP
Tel: (11) 3091.4155 / 4370
Copyleft 2004 saci.org.br
É autorizada a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, desde que sejam citados a fonte e os autores.

Conviver

Este texto, eu extraí do site da Adeva, (Associação de Deficientes Visuais e Amigos).
Site:
http://www.adeva.org.br

COM VIVER





















1. O cego precisa de oportunidades e não de piedade.

2. A cegueira traz limitações, mas o cego tem condições de ter uma vida normal.

3. A pessoa cega tem os mesmos interesses de uma pessoa que enxerga. Não a trate como um ser diferente.

4. Não limite o cego mais do que a própria cegueira impedindo-o de fazer o que ele sabe, pode e deve fazer sozinho.

5. A pessoa cega é capaz de fazer quase tudo o que uma pessoa que enxerga faz. Não se surpreenda ao ver um cego consultar o relógio ou discar o telefone.

6. O cego desenvolve recursos mentais existentes em todos os seres humanos. Não fale de sexto sentido nem de compensação da natureza, perpetuando conceitos errôneos.

7. Aceite a colaboração de um cego. Como qualquer pessoa, ele também pode ser útil.

8. A natureza dotou todos os seres de diferenças individuais. Não generalize os aspectos positivos ou negativos de um cego.

9. Fale diretamente com o cego. Não se dirija a ele por meio de seu acompanhante, supondo que ele não tem condições de compreendê-lo.

10. Deixe ao cego a escolha da maneira pela qual deseja ser guiado.

11. Em um meio de transporte ou numa escada, não o puxe; nem o rode pelos braços, empurrando-o depois para uma cadeira. Coloque sua mão no encosto da cadeira para que ele possa sentar-se sozinho.

12. Ao orientar um cego, não diga apenas à direita ou à esquerda, aqui ou ali. Essas informações são falhas e imprecisas.

13. Conserve portas totalmente abertas ou fechadas. Portas entreabertas no caminho de um cego são um sério risco à sua integridade física.

14. Não deixe de alertá-lo sobre aspectos inadequados quanto à sua aparência física. Faça-o, contudo, com delicadeza para que ele não passe por situações constrangedoras.

15. Ao entrar num recinto onde se encontra um cego, fale com ele. Isso o ajudará a identificá-lo.

16. Ao encontrar um cego, não perca tempo com perguntas como "sabe quem sou eu?" nem se anuncie a todo instante quando ele já conhecer suficientemente sua voz.

17. Apresente seu visitante cego a todas as pessoas do grupo. Assim procedendo, você facilitará sua integração.

18. Ao apresentar um cego a outra pessoa, faça-o numa posição correta, evitando que ele estenda a mão para o lado contrário em que está a pessoa.

19. Se estiver conversando com uma pessoa cega, avise-o ao se afastar, principalmente se o local for barulhento, pois ele poderá continuar falando sozinho.

20. Oriente o cego durante as refeições apenas quando for estritamente necessário.

21. Auxilie sempre a pessoa cega que pretenda atravessar a rua ou se utilizar de um meio de transporte, ainda que outro deficiente tenha recusado sua ajuda. A maioria lhe agradecerá o gesto.

22. Procure atravessar a rua com o cego em linha reta, pois do contrário ele poderá perder a orientação.

23. Quando passear com um cego que já estiver acompanhado, deixe-o ser orientado só por quem o estiver guiando. Não é preciso pegá-lo pelo outro braço nem lhe dar avisos a todo instante.

24. Numa conversa com um cego, não evite a palavra cego nem substitua ver por ouvir.

25. É indelicado designar alguém por sua deficiência física. Não se dirija a um cego chamando-o de cego ou ceguinho.



Pela compreensão do que aqui ficou dito, você já estará contribuindo decisivamente para a superação dos preconceitos seculares que envolvem o cego e a cegueira.

Download da voz Fernanda

Trago agora o link para baixar a voz da Fernanda.
Ps: Antes de se instalar a Fernanda, deve-se instalar o Felipe primeiro, consequentemente os demais arquivos que acompanham o pacote.

http://sharex.xpg.com.br/files/7542256798/Loquendo_TTS_7-Win32_Fernanda_Multimedia_High_Quality_Distribution.zip.html